ele ajudou a fundar não chegava a 1%; já na
Disney, ele era o maior acionista individual
do mundo e a revolucionar o setor de computadores e aparelhos celular.
O curioso, no entanto, é que Jobs morreu sendo mais dono da Disney (sim, a companhia do Mickey
Mouse) do que da empresa que inventou. Na Apple, Jobs tinha apenas 0,6% de participação,
segundo informações enviadas às autoridades de mercado dos Estados Unidos. Já na Disney, o
empresário era o maior acionista individual da companhia, com 7% das ações.
Na prática, Jobs devia mais de sua fortuna à Disney que à Apple. Segundo o serviço de informações
financeiras Thomson Reuters, o valor de mercado da Apple é de cerca de 343 bilhões de dólares " o
que conferiria a Jobs aproximadamente 2 bilhões de dólares. Já a Disney vale apenas 16% da
empresa de tecnologia na bolsa, ou 59 bilhões de dólares. De qualquer modo, com 7% das ações,
sua fatia sairia por 4 bilhões de dólares.
Jobs fundou a Apple com a ajuda de Steve Wozniak e Ronald Wayne. Mais tarde, Mike Markkula
Junior entrou na sociedade e foi o primeiro a investir dinheiro de fato na companhia. Na ocasião,
Wayne se desfez de sua participação.
A diluição das ações do empresário e dos demais sócios da companhia aconteceu de duas formas
diferentes: antes mesmo do IPO, a Apple distribuía ações aos funcionários como forma de retê-los
na empresa; o outro modo foi a venda de participação a fundos de investimentos.
A Apple abriu capital em 1980 e logo na sua estreia na bolsa, as ações valorizaram 107%. Cinco
anos mais tarde, Jobs se afastou dos negócios da empresa devido a conflitos pessoais com os
demais sócios da empresa. Foi nesta época que o executivo comprou o grupo Graphics, que mais
tarde se tornou o estúdio Pixar. Jobs só retornou a Apple, como CEO, em meados da década de 90.
O chefe do Mickey Mouse
Jobs investiu 10 milhões de dólares na Pixar e, anos depois, fechou uma parceria com a Disney
para produzir uma série de desenhos animados. Mas foi só há pouco mais de dez anos, que o
empresário teve a oportunidade de se tornar o maior acionista do conglomerado de entretenimento.
No início da década de 2000, o contrato de parceria entre as duas companhias estava chegando ao
fim e a Disney não tinha a intenção de renová-lo. O empresário saiu, então, à procura de um novo
parceiro. Com medo de perder a Pixar para a concorrência, a Disney comprou a empresa por 7,4
bilhões de dólares e, como "cortesia", Jobs ficou com uma participação de 7% na empresa,
tornando-se o maior acionista de todo grupo Disney.
Segundo estimativas do mercado, Jobs recebia cerca de 50 milhões de dólares por ano só de
dividendos da companhia de entretenimento. A fortuna de Jobs era avaliada pela Forbes em 7
bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, o empresário era apontado como o 39º homem mais rico
do país e o 110º do mundo.